As atividades produtivas acabam gerando resíduos industriais que devem ter tratamento e destinação corretos para reduzir os impactos ambientais. Porém, muitas indústrias acabam não realizando esse procedimento da maneira mais adequada.
Como acontece aí na sua empresa? Você sabe quais tipos de resíduos que a empresa produz e qual é a melhor forma de descartá-los?
No artigo de hoje, você conhecerá a classificação dos resíduos industriais e entenderá como fazer a gestão correta desses resíduos!
De acordo com a NR-25 (Norma Regulamentadora Nº 25), resíduos industriais são:
“aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos”.
Ou seja, os resíduos industriais são quaisquer tipos de “restos” provenientes das atividades industriais.
No Brasil, a classificação dos resíduos industriais sólidos é determinada pela norma NBR 10.004, documento da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Por meio dela, os diferentes tipos de resíduos são agrupados conforme o seu grau de periculosidade, suas propriedades físicas, químicas e seu potencial patogênico.
Basicamente, a norma classifica os resíduos industriais sólidos em duas categorias: classe I – perigosos e classe II – não perigosos.
Em função de suas propriedades físico-químicas e infectocontagiosas, os resíduos industriais de Classe I podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Este tipo de resíduo geralmente está associado aos acidentes mais graves e com maior impacto ambiental.
Para serem considerados Classe I, os resíduos precisam apresentar alguma dessas características de periculosidade: Inflamabilidade, Corrosividade, Reatividade, Toxicidade ou Patogenicidade.
Podemos citar como exemplos dessa classe de resíduos: borra de tinta, latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminadas com óleo, graxas ou produtos químicos, EPI’s contaminadas (luvas e botas de couro), resíduos de sais provenientes de tratamento térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da rampa de lavagem, lona de freio, filtro de ar, pastilhas de freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e plásticos contaminados com graxa/óleo e varreduras.
Os resíduos industriais de Classe II apresentam um grau de periculosidade muito menor que os de classe I, porém, eles também podem causar impactos socioambientais, prejuízos financeiros e institucionais.
Os resíduos não perigosos estão divididos em dois tipos:
Agora que você já conhece os tipos de resíduos industriais sólidos, conseguiu identificar quais são os tipos produzidos pela empresa na qual você trabalha?
É muito importante entender essa classificação, pois a partir dela, é mais fácil conseguir fazer o correto tratamento e destinação dos resíduos. A seguir, veremos quais são as maneiras adequadas de fazer isso.
O descarte de resíduos industriais deve ser feito de acordo com as determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Instituída através da Lei 12.305/10, a PNRS regulamenta a implementação de ferramentas, mecanismos e programas que as empresas devem executar para gerir corretamente o descarte e tratamento de seu lixo.
Mas antes de pensar sobre o tratamento e descarte dos resíduos, é muito importante pontuar que as empresas devem também concentrar esforços para reduzir a geração de resíduos. Medidas preventivas sempre causam menos impactos ambientais e demandam menos investimentos.
Na prática, para o correto gerenciamento de resíduos da sua indústria, é sempre importante contar com uma parceira especializada. Existem empresas que podem auxiliar o seu negócio a dar o destino correto aos resíduos, de modo a cumprir a legislação e cuidar do meio ambiente.
Para os resíduos de Classe I, alguns dos processos mais comuns são: blendagem, incineração e armazenamento temporário. Esses resíduos também podem ser dispostos em aterros sanitários próprios para recebê-los. Já os resíduos industriais da Classe II, podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados. É importante priorizar a reciclagem, avaliando o potencial de reciclagem de cada item.
Infelizmente, muitas indústrias não dão a destinação correta para os resíduos produzidos em suas atividades e essa atitude traz grandes prejuízos para a natureza, a sociedade e para a própria empresa.
Para as empresas que não cumprem as normas de tratamento e destinação correta dos resíduos industriais, existem consequências negativas em diversas instâncias.
O tipo de consequência mais séria é o prejuízo que o lixo industrial causa para a natureza e para a saúde das pessoas.
O contato de substâncias tóxicas com o solo, por exemplo, pode alterar as características físico-químicas dele, contribuir para a disseminação de doenças e prejudicar a fauna e flora locais.
O lançamento de resíduos industriais não tratados em corpos d’água pode provocar a mortalidade de peixes e plantas, diminuir a quantidade de oxigênio na água e desequilibrar o ecossistema aquático, além de poder adentrar sistemas de tratamento para abastecimento público. A poluição por resíduos industriais ainda pode se dar na atmosfera com a liberação de gases tóxicos e partículas industriais.
A saúde da população também é afetada devido à contaminação provocada pelo contato com os resíduos industriais, que pode provocar problemas como: tumores diversos, doenças hepáticas, rinites, alterações neurológicas, câncer, enfisema, entre outras doenças.
O descarte incorreto dos resíduos também deixa a empresa exposta a riscos como multas milionárias e problemas jurídicos que podem levar a detenção dos responsáveis.
Uma empresa acusada de infringir a lei nesse sentido, pode perder as suas certificações ambientais (como a ISO 14001) e, com isso, não conseguirá mais financiamentos importantes.
Uma pesquisa realizada pelo Institute for Business Value com mais de 14 mil consumidores em nove países, incluindo o Brasil, revelou que 54% dos consumidores pesquisados estão dispostos a pagar mais por marcas que são sustentáveis ou ambientalmente responsáveis.
Ou seja, o descaso com o descarte correto dos resíduos também pode afetar as vendas de uma indústria.
Além da imagem negativa para os consumidores, uma má fama pode prejudicar o interesse de acionistas e até gerar danos gigantescos para a reputação da marca.
Se a sua empresa quer prosperar de forma sustentável e contribuir para preservar o ecossistema e a saúde das pessoas da região, é essencial contar com uma empresa parceira no gerenciamento dos resíduos.
A Terra Nova Ambiental é licenciada pela Fundação de Meio Ambiente para o exercício da atividade de coleta, descaracterização e destinação de resíduos contaminados em todo o estado de Santa Catarina.
Fazemos a gestão de resíduos ambientais para que a sua empresa não precise se preocupar com nada. Da coleta ao descarte, contamos com a tecnologia e a experiência que você precisa.
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